segunda-feira, 10 de março de 2008

Amor e ódio

Camelô é algo que incomoda e divide opiniões.

Primeiro porque há um medo sobre a origem da mercadoria, se é falso, se é roubado... muitas dúvidas.

Segundo porque é difícil simpatizar com aquele cara que está tomando toda a calçada, principalmente em casos como o do Centro do Rio, em que o volume de pessoas é imenso durante todo o dia -exatamente o horário em que os camelôs estão com suas barraquinhas tentando ganhar uma graninha.
Entendo e concordo com esses dois medos, mas não vou dizer que não compro em camelô. Eu compro. Mas não é qualquer coisa que eu compro com eles, claro.

Pra me redimir com os xiitas de plantão: eu procuro pelas barraquinhas mais arrumadinhas, que -eu acredito- façam parte de uma cooperativa ou têm permissão de estar ali vendendo aquelas mercadorias.

Tudo isso pra dizer que há um bom tempo descobri meu novo fornecedor de bolsas de tecido: um senhorzinho que fica na rua México, no centro do Rio, vendendo o que -ele diz- uma amiga faz.

O preço é camarada, nada baratérrimo nem nada absurdo. Acredite, perto da barraquinha dele tem gente vendendo bolsas que nem de couro são por mais de 200 reais.

Minha mais recente aquisição foi essa maravilhosa bolsa de xita (já apelidada no trabalho de "grande vaso de flores"), por 30 reais:

A foto não faz jus às lindas cores e ao formato funcional, como eu gosto.

Vale a pena conversar com o camelô, perguntar de onde é aquela mercadoria e, se agradar, realizar sua compra sem culpa.

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